Friday, December 9, 2016


Estação Ferroviária





Ceará-Mirim em fins do século XIX e início do XX, como escreveu Nilo Pereira, importante jornalista e literato local, era uma “cidade morta”, com um espaço urbano diminuto e pouco movimentado: as famílias tradicionais, donas de engenho e que possuíam residências na cidade, para esta se dirigiam apenas em ocasiões especiais e nas festividades.




Entretanto, como forma de dinamizar ainda mais a atividade açucareira, facilitando o escoamento da produção e, por outro lado, potencializando a circulação de pessoas e a proximidade com outras regiões do estado, foi inaugurada a Estação de Trem de Ceará-Mirim em 13 de julho de 1906. A cidade até então “bucólica” foi chacoalhada pelo som do trem, símbolo da modernidade que adentrava no vale.



A inauguração da Estação de Trem, foi um grande acontecimento na cidade do Ceará-Mirim, com presença de várias autoridades da região e do país, contando com a presença do presidente da República na época, Afonso Pena, sendo o primeiro dirigente da nação a pisar em solo potiguar.




A locomotiva “catita” foi a primeira a fazer o transporte entre Natal e Ceará-Mirim, e atualmente se encontra exposta no Museu do Trem, na cidade do Recife.



Uma narração fantástica que faz parte da imaginário popular da cidade é a lenda cabaça, sendo alimentada pela crença na existência de um grande rio subterrâneo que corta a cidade de ponta a ponta. Segundo os moradores do município, ao se mergulhar uma cabaça no num olheiro d’água presente no distrito de Jacoca, ele é levado pelas águas, surgindo no Olheiro Pedro II, próximo à estação ferroviária da cidade. Conta-se que esse rio é a fonte principal a alimentar os olhos d’água do município.



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