A famosa rua da Aurora,
atual Heráclito Vilar, demonstra um processo de transformação espacial e
cultural, notadamente, observado no centro urbano de Ceará-Mirim.
Em seu livro Ceará-Mirim: memória iconográfica, o
autor Gibson Machado Alves, destaca a Antiga Rua da Aurora dos anos de 1930,
1940 e 1950 como o “ponto de encontro” e o “coração de Ceara-Mirim”, ou ainda,
"o centro da vida da cidade". Ali se fixaram as famílias mais
abastarda da região cearaminense, logo, trataram de instalar os chamados cafés
Moderno com destaque para o café de Jorge Moura e o Central, além do cinema
Rialto com exibições semanais.
Além destes locais,
bastantes frequentados por todos os segmentos sociais de Ceará-Mirim, havia a
bodega de Chico Dantas, um comércio de produtos variados, onde era possível,
como lembra Gibson Machado, encontrar
tudo o que era pretendido.
A rua da Aurora era um
ponto privilegiado da cidade. Nela havia as manifestações carnavalescas. Ali
habitavam os Barretos, os Sá, os Mouras, os Leopoldino, o médico e o dentista,
como descreve Gibson Machado.
Além de abrigar enormes casarões, uma das grandes atrações da Antiga Rua da Aurora era, sem dúvida, o
cinema mudo da época.
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